quinta-feira, 26 de novembro de 2009

INÚTIL revista na ComUM [ Jornal do Minho ]

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Revista cultural apresentada na Centésima Página

«A arte é o caminho para a vida. O resto não faz muito sentido”, diz Maria Quintans no fim de tarde de 21 de Novembro aquando da apresentação do número um da revista “Inútil”, na Centésima Página. O lançamento aconteceu a 23 de Outubro com a comercialização de 500 exemplares que podem ser adquiridos em livrarias. Este projecto conta também com Ana Lacerda e João Concha que assim perfazem a quantia dos “três inúteis”. Nele vêem-se fundidas realidades muito diferentes como o são a palavra e a imagem.

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Uma atmosfera apaziguadora paira sob a Centésima Página e um fresco odor a livros percorre todo o espaço. As cadeiras estão dispostas em linha e limitadas dos quatro lados por estantes - mais parece um encontro entre velhos amigos. E numa época em que corre-se mais e pára-se menos, olha-se muito e vê-se pouco, fala-se em excesso e ouve-se deficientemente nada melhor do que um fim de tarde como o é este para “parar e olhar para aquilo que é bem feito, para o que nos emociona”, explica Cristina Piedade (livreira da Bertrand de Lisboa).
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O serão continua. José Miguel Braga, convidado a tecer um comentário, fala aos ouvintes presentes como leitor e atribui a este projecto características diversas das quais “rigorosa composição”, “tema estruturador”, “revista muito teatral”, e “objecto belo” que ao ser explorado faz lembrar o “correr das águas de Heraclito”. Atenta no título da revista – “Inútil” – e remete para um passado (que também é presente) em que se discutia a utilidade da arte. “É uma aventura esta revista”, remata ele.

O Sindicato da Poesia procede à leitura de alguma da prosa e poesia constituintes da revista e José Miguel Braga, seguindo-lhes o exemplo, declama também alguns poemas. Enceta ele, recitando: “se eu te pedir para abrires as pernas tu abres?”. Esta interrogação dá início a um poema denso e forte em que se defende as três maneiras de executar uma acção – pela mão de Deus, pela mão do Homem e pela nossa mão. E é desta maneira que ele tem o seu fim: “por isso se eu te pedir para abrires as pernas pela mão de Deus, pela mão do Homem e pela minha mão tu abres?”.
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Ao abrir a revista deparo-me com a seguinte frase escondida: «Podemos perdoar a um homem que faça alguma coisa útil contanto que a não admire. A única justificação para uma coisa inútil é que ela seja profundamente admirada.» (Oscar Wilde in “Retrato de Dorian Gray”)


Tânia Azevedo
22 Nov 09


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«Podemos perdoar um homem que faça uma coisa útil desde que não a admire. A única desculpa para fazer uma coisa inútil é ser objecto de intensa admiração.» Oscar Wilde
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